O governador Mauro Mendes (DEM) confirmou que se reunirá com os policiais penais, que suspenderam o movimento grevista temporariamente, e que as negociações se iniciarão do zero.
A afirmação do governador foi feita durante evento de de convênios, realizado no Palácio Paiaguás, na tarde desta terça-feira (4).
Ao atender a imprensa, o chefe do Executivo estadual foi confrontado sobre a situação dos policiais penais que iniciaram uma greve em dezembro de 2021 e suspenderam na segunda-feira (3) por dois dias.
Questionado sobre a situação, o governador afirmou que o Estado já havia apresentado uma proposta para os policiais, que rejeitaram o acordo e mantiveram o movimento por reajuste salarial.
A proposta inicial apontada pelo governador foi feita após reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, antes da deflagração da greve. À época, foi apresentado um reajuste de 15%, que não foi aceito pela categoria.
O democrata disse ainda que se manterá firme quanto à afirmação feita aos policiais penais de que se a greve fosse declarada as negociações se reiniciariam por completo.
Dessa forma, com o início da greve em 15 de dezembro e a suspensão para diálogo com o Estado na segunda, o governo deverá manter o posicionamento inicial e reiniciar a rodada de propostas.
“O governo fez uma proposta e eles recusaram. Além disso, agora, o governo não tem mais nada. Vamos começar do zero. Dissemos a eles que se eles entrassem em greve começaríamos do zero”, afirmou o governador.
Mendes emendou ainda dizendo que o movimento já foi declarado ilegal pelo Judiciário e, por conta disso, os policiais penais serão responsabilizados.
“O Judiciário já se pronunciou sobre isso. Então, o governo não tem mais nada a dizer além do que já foi dito. O Judiciário já declarou a greve ilegal”, disse. “Se tiver decisão judicial para ser cumprida e se não se cumprir, vai ser responsabilizado”, acrescentou.