A guarnição da 4ª Companhia Independente de Polícia Militar de Proteção Ambiental realizou operação após denúncia reada pelo Núcleo de Inteligência e Operações Conjuntas – NIOC/SEMA na região de Paranaíta, norte de Mato Grosso.
A informação era que haviam instalações de estaleiros destinados a construção de balsas utilizadas na atividade de extração ilegal de minério (ouro) nas margens do rio, em área de preservação permanente do rio Apiacás, localizada em uma propriedade rural no município de Paranaíta/MT.

Ao chegar no local, a equipe encontrou uma caminhonete Hilux, branca e um dos suspeitos desceu do veículo e saiu correndo, se escondendo na vegetação e o veículo saiu em alta velocidade, não sendo possível realizar sua abordagem.
Porém, próximo ao local foi realizada a abordagem do suspeito que havia corrido, ele informou que trabalha como operador de máquinas para o proprietário/condutor do Hilux que fugiu da equipe.

Dando sequência a fiscalização, os policiais percorreram as margens do rio, onde foi encontrada toda estrutura a qual era utilizada pelos suspeitos como ponto de apoio (acampamento), formado por barracos de lona, onde foram encontrados aparelhos celulares e carteira contendo documentos pessoais.
Vários suspeitos que estavam no acampamento ao verem a equipe policial aproximando, efetuaram disparos de arma de fogo contra a equipe policial militar ambiental, sendo necessário a equipe se abrigar e revidar.

Os suspeitos fugiram correndo em meio a vegetação e também pelo rio, por meio de embarcações e outros mediante nado atravessando o rio para a outra margem, sendo possível abordar dois desses suspeitos.
No local os suspeitos exerciam atividade potencialmente poluidora sem a devida autorização dos órgãos ambientais competentes, pois havia um grande estaleiro destinado a fabricação de balsas escariantes, que no local, foi possível apreender 06 (seis) balsas completas equipadas com caixa concentradora de minérios, motores, lanças e broca escariante, bem como diversos materiais e ferramentas utilizados na construção das balsas, entre eles: máquinas de solda, maçaricos, lixadeiras, motores estacionários com gerador, cabos de aço, furadeiras, chapas de ferro e implementos para garimpo e uma máquina escavadeira PC que estava sendo utilizada no e da fabricação das balsas e auxilio para leva-las à água.
A máquina também era usada no desmate da área de preservação permanente.
Diante da situação de perigo, foi solicitado apoio às equipes Policiais Militares de Paranaíta e Força Tática do 9º Comando Regional de Alta Floresta, bem como o acionamento do batalhão De Operação Policiais Especiais – BOPE, através da equipe de explosivistas que realizaram a inutilização das balsas.
Os suspeitos abordados relataram que as balsas construídas, seriam utilizadas para extração ilegal de minérios em terras indígenas, que se dá por meio do deslocamento fluvial das balsas, pelo rio Apiacás sentido ao rio Teles Pires, adentrando área de terras indígenas denominada kayabi.
A área objeto de fiscalização, não possui as documentações ambientais, que encontra-se embargada e com recentes danos causados em sua área de app.