No sábado, dia 26 de outubro, foi realizada no Meliponario Municipal a Décima Segunda Capacitação para a criação de abelhas sem ferrão da Amazônia, com a participação de 65 pessoas, das quais 21 receberam caixas com abelhas sem ferrão.
A capacitação é uma iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com apoio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Sinop, e do Instituto Federal de Mato Grosso, Campus Alta Floresta.
Para a professora da Universidade Federal de Mato Grosso e palestrante da capacitação, Carmen Wopedo, essa ação é estratégica para a disseminação de informações. “Propicia a divulgação do conhecimento e incentivo à produção regional e estadual, considerando que temos participantes de várias regiões de Mato Grosso.
Vale lembrar que a criação de abelhas sem ferrão surge como uma alternativa de renda extra para a agricultura familiar. Em Alta Floresta, essa atividade tem ganhado notoriedade ao longo dos anos e começou com o Projeto Olhos D’Água da Amazônia, cujo objetivo era a recuperação em áreas de nascentes.
Para o professor e agricultor Flávio de Campos, Alta Floresta está no caminho certo ao promover essa atividade. “Tive uma oportunidade de entender a importância da criação dessas abelhas. A criação pode ser tanto para consumo quanto para comercialização”, comenta.
Como citado acima, as abelhas foram utilizadas durante a execução do Projeto Olhos D’Água da Amazônia, que foi uma estratégia bem sucedida para a recuperação de áreas degradadas. Naquele momento, a proposta era mostrar à sociedade que é possível recuperar o ivo ambiental e ter uma propriedade sustentável sob os aspectos ambientais e financeiros.
O diretor de Desenvolvimento Sustentável, José Alesando Rodrigues, que foi coordenador executivo do Projeto Olhos D’Água da Amazônia, afirma “que esse processo, iniciado há anos, mostrou-se bem-sucedido e está sendo replicado atualmente”.
A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Gercilene Meira Leite, destaca que as capacitações são momentos de difusão de conhecimento. “Essas pessoas são agentes multiplicadores. Quando você conhece a prática, você tem mais propriedade para falar sobre o assunto.”
Gercilene ressalta que, ao falarmos de abelhas, estamos falando de produção de alimentos e do equilíbrio do ecossistema. “As abelhas são agentes polinizadores que mantêm o equilíbrio ambiental”, finaliza.